O Castelinho de Eulina





Castelinho às 6 horas do dia 6 de abril



O governo do Estado de São Paulo entregou no último dia 6 de abril, as obras de restauro do Castelinho da Rua Apa, na capital paulista. Essa restauração traz luz a um dos poucos remanescentes do início do século passado e faz parte do processo de revitalização do centro de São Paulo. Com recursos do FID - Fundo Estadual de Direitos Difusos, gerido pela Secretaria Estadual da Justiça e da Defesa da Cidadania, mediante convênio firmado com o Clube de Mães do Brasil, no valor de R$ 2,8 milhões. A entrega do Castelinho se deu numa manhã chuvosa, com a presença do governador Geraldo Alckimin e esposa, Lu Alckimin; do prefeito da capital, João Dória Júnior, além de autoridades, vereadores, secretários do governo do estado e prefeitura.
O Castelinho faz parte da primeira ocupação urbana do bairro de Santa Cecília, cedido desde 1997 ao Clube de Mães do Brasil, fundado e presidido por Maria Eulina Reis Hilsenback. Após vinte meses de reforma, o Castelinho permitirá ao Clube de Mães do Brasil - uma ONG Organização Não Governamental - que promove atividades de cunho social, educacional e cultural, atendendo crianças, cidadãos em situação de rua, dependentes químicos e catadores de papel, agora ampliando suas atividades oferecendo formação profissional por meio de ateliês de confecção de roupas, artesanato e artigos de moda.
O Castelinho está localizado no número 236 da Rua Apa, esquina com a Avenida São João, uma localização privilegiada no início do Século XX. O edifício foi inspirado nos castelos medievais franceses, foi projetado por um arquiteto trazido de Paris, para executar a construção como presente do médico Virgílio César dos Reis à sua esposa, Maria Cândida Guimarães dos Reis. A família era proprietária do Cine Teatro Broadway, entre outros empreendimentos e no Castelinho aconteciam badalados eventos artísticos e culturais.  
 O imóvel mais conhecido como Castelinho da Rua Apa foi construído entre os anos de 1912 a 1917, pertencendo de residência para a família Guimarães Reis até ser palco de uma tragédia em 1937, quando mãe e dois filhos foram encontrados assassinados. O pai, um médico, já havia falecido. O Castelinho ganhou fama de mal assombrado e estava abandonado há cinquenta anos.   

Foto: Lúcia Rocha




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