INFÂNCIA COM CHEIRO DE TRAGÉDIA

              

Casal Apolônio e Mariquinha.Risoneide,à direita



     O país incrédulo com mais um ataque furioso em ambiente escolar, agora numa creche em Santa Catarina.
     Entendo um pouco da dor que as crianças vítimas de massacres nas escolas sentem e sentirão enquanto vida tiverem.
     Até os doze anos de idade vi de perto duas tragédias com colegas de sala de aula.
Antes dos dez anos, tivemos a aula interrompida quando alguém da diretoria adentrou a sala para comunicar que a mãe de uma colega havia cometido suicídio e liberaram toda a turma. Voltamos para casa tristonhos.
     Nunca mais voltamos a ver a colega órfã, que mudou de cidade com os irmãos.
     Dois anos depois, em outro colégio, entramos de férias escolares no final de ano.
Uma colega, da mesma idade, viajou de carro com a família para o Rio de Janeiro, mas no retorno, o carro envolveu-se em acidente e justo ela, morreu.
     Aquilo foi um choque tremendo. A gente fica sem chão. Como não contar mais com a simpatia de Risoneide? Roubaram a melhor gargalhada da nossa infância. Ela não era de conversar muito, mas seu sorriso bastava para nos animar e aprovar nossas peraltices.             Nossas, incluo Denise Carlos, outra da turma chegada a aprontar no colégio de freiras, onde estudávamos e de onde ainda hoje guardamos ótimas recordações.
     A lamentar, somente a ausência da amiga Risoneide. 


Risoneide entre Doca e Rosa


       

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