O SUCESSO DA REFIMOSAL


                                                  
Maria Gomes Praxedes

 

Severino Praxedes, fundador

                                     
              A REFIMOSAL Refinação e Moagem de Sal Santa Helena Ltda, sucessora da Moagem de Sal Santa Helena Ltda., é uma empresa familiar, fundada em 1977 e que, portanto, está fazendo 35 anos. Seu fundador, Severino Praxedes Sobrinho, um mossoroense que deu início a REFIMOSAL, após exercer algumas atividades profissionais na tentativa de conseguir se firmar em algo que pudesse criar sua família de cinco filhos, dando-lhes a oportunidade de estudos que ele não teve.
         E foi exatamente por terem conseguido vencer a barreira educacional que a empresa vem sendo tocada pelos filhos desde o falecimento prematuro do patriarca, em 1996, vítima de um infarto. A viúva, Maria Gomes Praxedes - dona Mimosa – oriunda do Alto Oeste Potiguar, de longe, observa o desenvolvimento do empreendimento que ajudou a fundar e confia plenamente na administração entregue aos filhos, enquanto dedica seu tempo à uma participação ativa nos movimentos religiosos e sociais de sua igreja, a Assembléia de Deus.
             A REFIMOSAL foi fundada com atividade principal de preparação de sal para alimentação, beneficiamento do sal desde da extração até o refinamento, embalagem e acondicionamento. 
             Três dos filhos do casal, Evandro Praxedes, Conceição Praxedes - a Seyssa, e Socorro Praxedes, respondem pelas diretorias. 
             Trinta e cinco anos após sua fundação, a REFIMOSAL destaca-se pelo atendimento às necessidades do mercado por um produto de maior padrão de qualidade, produzido por tecnologias pioneiras no ramo salineiro, o que fez com que ganhasse destaque e se tornasse uma das maiores e mais modernas empresas de beneficiamento de sal marinho do país. 
             Algo que o sonho de seu Severino jamais poderia alcançar, quando chegou de Manaus com a família, para onde migrara e trabalhara pesado na construção do aeroporto da capital da Amazônia.    
             Severino Praxedes Sobrinho, nasceu em em dezembro de 1939, filho de João Praxedes, um comerciante no bairro Doze Anos. Por trás do seu empreendimento encontramos uma mulher de fibra, Maria Gomes Praxedes – dona Mimosa ou irmã Mimosa – que nasceu em 7 de janeiro de 1939, num sítio, à época, município de São Miguel, hoje pertencente ao município de Coronel João Pessoa. Filha de Raimundo Gomes de Carvalho e Maria Alves de Lima. Em 1954, seus pais mudaram para Mossoró com todos os filhos. Fixaram residência no bairro Boa Vista. Mimosa logo conseguiu um emprego de caixa de loja de autopeças no bairro Paraíba. No caminho para a loja, a moça do interior passava diariamente pela Rua Lopes Trovão, em frente a casa de Severino Praxedes, que não a perdia de vista.      
Foi assim que o casal se conheceu. “Eu passava e a gente sempre se cumprimentava com ‘bom dia’, ‘boa tarde’. Começamos a namorar e nos casamos dois anos depois. Fomos morar numa casa na Rua Nízia Floresta. Nesse tempo, Severino trabalhava com o pai, que era marchante no Mercado Central e tinham uma mercearia também na Doze Anos”, explica.              Após o casamento, Mimosa pediu demissão para tomar conta da casa e dos filhos. A preocupação em manter as crianças estudando em uma escola particular foi uma constante na vida do casal, que passou por diversas situações até que Severino resolveu investir numa atividade nova, que foi trabalhar na construção do aeroporto de Manaus, deixando a esposa e filhos em Mossoró, como conta dona Mimosa. “Severino era um homem muito bom, trazia todo fruto do trabalho para casa e sofreu bastante. Passamos por uma fase muito difícil. Por fim, ele vendeu carro, comprou um caminhão Mercedes e foi embora para Manaus, em 1975”.                                     
           Em Manaus, Severino Praxedes ficou seis meses na casa da uma irmã de dona Mimosa e todo final de mês mandava o dinheiro para casa. Mas a saudade apertou e dona Mimosa resolveu vender tudo o que tinha dentro de casa e pegou um avião em Fortaleza com os cinco filhos, rumo a Manaus. “Fiz surpresa para Severino. Fomos morar numa casa de conjunto, alugada. Coloquei os meninos num colégio próximo, particular, eu já estava acostumada a limitar as coisas, pensei assim, já que a gente não tem nada para deixar para eles, vou ao menos educar. Severino trabalhava tanto que adoeceu. Então, vendeu o caminhão e comprou uma caçamba, porque Manaus estava crescendo, abrindo e calçando ruas mais afastadas, era como uma selva, quase sem comunicação com o restante do país. Então, construíram muitas pontes e abriram ruas. Tinha muito serviço para a caçamba. Ele trabalhava o dia todinho nessa caçamba e à noite um motorista fazia o mesmo com a mesma caçamba”, lembra.
         Em 1977, Severino resolveu que estava na hora de retornar, vendeu a caçamba e trouxe o dinheiro pensando já em montar um negócio próprio. “Eu disse a ele que quando chegássemos, eu abriria um negócio, nem que fosse uma banca de café. Severino alugou um prédio na Avenida Rio Branco para fazer um armazém de sal. Ele já estava com esse pensamento, porque meus irmãos, eram donos de armazéns de sal. Então, com o prédio alugado, Severino comprou todo o maquinário usado e tudo começou ali. Comprava uma carrada de sal, moía, comprava sacaria, vendia, com aquele dinheiro ia comprando, investindo. Severino era muito direito. Muito controlado”, enfatiza. Esse é o início de uma empresa que há 35 anos tem a mesma filosofia que o seu fundador, trabalhar sem deixar de cumprir os compromissos com os colaboradores e fornecedores. Um homem de valor, honrado, Severino Praxedes e dona Mimosa conseguiram educar os filhos nos melhores colégios da cidade, fizeram curso superior. O sacrifício valeu a pena. A empresa cresceu, modernizou-se e conquistou outros centros, conforme informações publicadas no site da empresa:                                                                     
 
            Com o passar dos anos, surgiu a necessidade de modernizar o sistema produtivo, quando a empresa substituiu totalmente a estrutura de máquinas, equipamentos e alvenaria antigos por uma refinaria moderna. O referido sistema proporcionou à REFIMOSAL, um lugar de destaque com vantagem competitiva em relação a concorrência. Outro ganho com esse processo foi a redução dos impactos ambientais, questão bastante preocupante atualmente. O investimento trouxe muitos resultados positivos, como o aumento na capacidade produtiva mensal e melhoria significativa no padrão da qualidade do sal, pois a nova estrutura possibilita um rigoroso acompanhamento do processo através de analise de dosagem de iodo, antiumectante, granulometria e microscopia, realizada em um laboratório de controle de qualidade do sal instalado em dependências da empresa, garantido que os produtos saiam em conformidade com os requisitos de qualidade exigidos pelos clientes e legislação vigente.                                                                                                      
           Com uma estrutura cada vez mais moderna, a REFIMOSAL atende a todas as regiões do país, abastecendo com sua diversidade de produtos, indústrias alimentícia, têxtil, quí­mica, farmacêutica, curtumes, frigorí­ficos, pecuária e charqueadas.
            Produz várias marcas próprias de sal, dentre as principais marcas, já bastante consolidadas em todo paí­s, estão o Sal Marfim®, Sal Pluma®, Sal Mimosal®, Sal Têxtil® e Sal DuRebanho®, além de terceirizar grandes marcas nacionais, como Sal Globo® e Zaeli®.



Seyssa
                           
             Bem, no início, foi dito que a REFIMOSAL é uma empresa familiar. A filha Seyssa, além de administrá-la é como uma mãe para essa família. Mãe de uma adolescente, casada com o Secretário de Turismo do Rio Grande do Norte, Renato Fernandes, sempre sobra um tempinho para as causas sociais da cidade e para a mãe,  conforme o testemunho da matriarca, dona Mimosa. “Seyssa é como se fosse minha mãe. Porque ela me supre de tudo e advinha meus pensamentos. Não é uma filha de estar aqui em casa o tempo todo, porque não tem tempo, ela trabalha até dez horas da noite. Mas é aquela filha cuidadosa, para saber se estou precisando de alguma coisa. Aos domingos passa um tempinho comigo no final da tarde, vem tomar um cafezinho. Todo impacto da firma é em cima dela. Todo problema que surge ali dentro, é para ela. Porque Evandro tem um coração de mãe. Meu coração. Não sabe dizer não, não sabe desagradar ninguém”, finaliza.
            Bem, se com todos os afazeres que tem: compromissos profissionais, agenda social, dona de casa, mãe, esposa e filha atenciosa, só resta dizer: tem gente que é feliz e não sabe o por quê.          

Comentários

  1. Lúcia Rocha:

    Muito obrigado pela atenção.
    Os meus e-mails se encontram na parte inferior do blog.

    josemendes58@hotmail.com
    josemendesp58@gmail.com

    ResponderExcluir
  2. família linda. Família do Severino Praxedes Fernandes (tio)

    ResponderExcluir
  3. Que linda história. Que Deus continue abençoando a vida de vocês. Este sucesso não foi colocado nas suas mãos à. Deus os proporcionou pois através dele, vocês souberam passar adiante e abençoar outras vidas através da geração de empregos a muitas famílias e sendo justos com todos. Parabéns. Wilson de Sousa Soares. Wurth do Brasil.

    ResponderExcluir
  4. é como dona mimosa diz evandro sabe ajudar as pessoas,é era um homem de bom carater rico mas muito humilde dava valor aos pobres.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

CENTENÁRIO DE DIX-HUIT ROSADO

Lahyre Rosado